Wednesday 23 February 2011

[ Shame ]

 

Conhecer muita gente tem vantagens. Ganha-se pela diversidade, pelas experiências e vivências diferentes, por toda uma série de factores. Conhecendo tantas pessoas, pensa-se sempre que estamos prevenidos contra alguns erros básicos de avaliação de carácter, mas a verdade é que estamos sempre a aprender.

Hoje aprendi uma lição. Não é uma lição nova, já a conhecia de antes, mas convém sempre relembrar. Há pessoas que atingem determinados patamares sociais e financeiros não pelo seu valor próprio, ou pelo valor que dão à sua palavra, mas sim pelos ombros que usam como degraus para subir.

Boa escalada, Srs. Alpinistas. Que o oxigénio seja raro, os mosquetões sejam frágeis, as cordas corrompidas, e que o chão que vos receba depois da queda seja duro o suficiente.

Tenho dito.

Knowing lot's of people has it's advantages. You win through the diversity, through the experiences and different lives, through a whole different set of things. Knowing so many people, you always think you're safe regarding some basic mistakes of character judgment, but the truth is, we're always learning.

I've learned a lesson today. It's not a new lesson, I knew it from before, but it's always useful to remember: some people reach a given social and financial level not by their own credit, or by the credit you can give to their word, but by the shoulders they use as steps to move up in live.

Happy climbing, dear Mountain Climbers. May the oxygen be scarce, may the grappling hooks be weak, may the ropes be corrupted, and may the floor you hit after your fall be hard enough.

Enough said.

Monday 14 February 2011

[ Trinity ]

 

O Inverno de 2006 não foi particularmente rigoroso. É por vezes incrível como nos conseguimos lembrar mais facilmente dos detalhes que nos rodeiam quando vivemos acontecimentos marcantes. Não me lembro particularmente de 2005, ou 2004, mas o Inverno de 2006 ficará para a memória...

Continuo a pensar em por que ninguém me leva a sério quando digo que nunca é tarde de mais para lutarmos pela nossa felicidade... Pode ser um cliché, mas é a minha vida. A certa altura apercebi-me de que não era feliz, e que essa falta de felicidade era algo com o qual não poderia continuar a viver. Um raciocínio longo, que durou cerca de dois segundos, e que as pessoas que me são mais próximas conhecem em detalhe.

Incrível como passamos anos sem conseguirmos inspirar fundo para depois, de repente, sentirmos que todo o mundo reage a cada passo que damos, que aquilo que pensávamos ser uma certeza, aquela mediocridade sentimental em que tantos de nós vivemos e da qual pensamos que nunca nos escaparíamos, passa a ser algo do passado, a tornar-se a cada dia mais esbatido.

Pensei durante algum tempo que aquele sentimento avassalador de um amor que nos arrebata, que faz com que as letras das canções façam sentido, aquele amor puro e idílico era apenas fruto de peças literárias inspiradoras e dos argumentos bem estruturados de filmes que aprendemos a encarar como algo inatingível, um sonho. E todos sabemos desde pequenos que os sonhos são algo a que aspiramos, e não algo que podemos tornar realidade.

Mais do que isso, fruto de um fado centenário, fruto de um espírito sofrido e profundamente português, existe também a convicção de que o grande sentimento do amor está de forma indelével ligado ao grande sentimento da dor. Aquele Amor conturbado e retorcido que faz doer, e que as mentes mais fracas pensam ser o único verdadeiro. Simples de explicar, porque quem confunde amor com dor, claramente nunca amou, ou se amou, nunca foi correspondido da mesma forma.

Aprendi com o decorrer do tempo que é mais fácil acenar com a cabeça e sorrir do que explicar ao mundo que o mundo está errado, mas hoje não. Hoje é dia do Amor.

Hoje não é dia de "cá se vai andando", ou de "enfim, cá estamos", ou de "é difícil, mas sobrevivemos", hoje é o dia em que em todo o lado se oferecem postais com corações, e se apregoa, mesmo com desconhecimento de causa, um Amor que gostaria que todos experimentassem, nem que por um segundo apenas. Hoje é o dia em que posso dizer a verdade, colocar aqui uma foto de um coração, e ser confortavelmente confundido com mais um dos loucos enamorados do dia S. Valentim.


Mesmo sem o saber, o meu sonho tornou-se realidade no dia em que os nossos lábios se tocaram pela primeira vez, meu amor, e esse é um dia que recordarei em detalhe até ao fim dos tempos. Com certeza que já experimentaram como o tempo passa de forma diferente conforme as circunstâncias. Um filme que detestamos que parece demorar quatro horas apesar de só se terem passado noventa minutos, ou um livro que adoramos e que lemos em dez horas seguidas, parecendo que só se passaram dois minutos.

As manhãs transformam-se em tardes, o sol põe-se, e só reparamos que são duas da manhã quando sentimos o toque do empregado no café no ombro a dizer "desculpem interromper, mas daqui a pouco tenho de ser eu a abrir...". Três dias separados parecem duas semanas, e de repente damos por nós a escolher estrategicamente o sítio onde nos posicionamos nas chegadas do aeroporto para nos conseguirmos ver duas décimas de segundo mais cedo.

A [ Trinity ] foi oferecida no dia 14 de Fevereiro de 2007. Três alianças entrelaçadas que significam o que deve ser a relação entre duas pessoas: Amor, Amizade, Fidelidade... O mais próximo que se consegue aproximar de quatro pilares que são nossos, e tão longe de tudo aquilo que a nossa relação significa.

Quatro anos depois, inúmeros desafios ultrapassados de mãos dadas, olhos nos olhos, e sei que o sentimento que nos une é cada vez mais poderoso. Sei que o que acontece quando os nossos olhares se cruzam, sei o que acontece quando a nossa pele se toca, sei que a única coisa que precisamos para estarmos bem é estarmos juntos.

A verdade é que, apesar da correria do dia a dia, das horas a trabalhar, e de tudo o mais de que a nossa vida é feita, tudo me parece fácil, isto porque toda a força que tenho, todo o brilho nos olhos e cada sorriso nos lábios se deve apenas e só ao facto de nos termos encontrado.

Eu amo-te. Feliz Dia de S. Valentim.

Sunday 6 February 2011

[ I Love ]

 

As life goes on, I've been noticing some really huge differences in what I love or not. Taste and experience take their toll, and all of a sudden your standards are so high that you find yourself hard to please.

This is a phenomenon widely adressed by people like Scott Schuman, or Garance Doré, that I didn't seem to believe in at first, but now, working more and more with fashion and design, I find myself being hugely critic regarding lot's of aspects of my work and the people that surround me.

A cruse or a gift? That's something I'll have to figure out as I go along...

Speaking about things I love, this is a photo taken in Paris last January in the Who's Next trade show. It's the logo of a brand called I love - Leon, turned in a magnificent way into a neon light.

Tuesday 1 February 2011

[ Vintage II ]

 

Following my experiments on raw file processing, here's a little fun with a photo taken in Le Pub St. Germain in Paris, a week ago. Le Pub St. Germain is the most amazing place, a very hip restaurant open 24h a day, seven days a week. Three floors, round the clock DJ, and a constant full house. The indisputable proof that Paris never sleeps.

Artists are invited to exhibit and sell their pieces in this gorgeous location, and this is just another example of one of those artworks. A pencil drawing, embellished by the subtle grain and by the hand written number tag.


Another gorgeous thing about this place, is the way they play with the vintage light fixtures. A very soft warm light that's selectively placed and in perfect harmony with the candle lit tables, setting the mood for endless conversations, sprinkled with juicy long drinks, flavored by the fusion cuisine, and intimate, like the place itself...